A professora que foi moldada por Deus - "A história da tia boneca" -
Desde a
infância sempre foi muito engraçada, espevitada, sorridente, alegre e muito
feliz… Bagunceira que só ela. Uma criança cheia de graça.
Qual a
menina que nunca brincou com as suas bonecas a fazer de conta que era
professora?
A sua mãe
foi professora e para estudar numa escola particular, ofereceu-se para dar aula
em troca do valor que ganharia no salário, lecionou numa escola de freira e
sempre dizia as suas filhas que gostaria que uma delas fizesse como a mamãe,
desse aula.
Sonho de
mãe é sonho consagrado aos filhos.
Na escola
era tranquila, mas era tagarela e ficou pelo resto da vida… Aliás, ela ainda é!
Teve
dificuldades de aprendizado e um dos exemplos foi se acostumar com M antes do P
e B, as letras SS, SC, Ç, S... Separar sílabas também, as paroxítonas e
proparoxítonas da vida mais ainda.
Contas,
não vou nem falar porque até hoje ela continua a atrapalhar-se.
Divisão?
Só sabe mesmo compartilhar com os irmãos.
Química e
Física, piorou, só sabe da química que tem com o seu marido.
Ciências
só sabe falar sobre o tempo e ver o termómetro quando está com febre.
Geografia
só soube depois de adulta quando começou a viajar bastante pela América do Sul.
Quando fez
o Ensino Médio (12’ ano) só colava dos amigos. No último ano, aí pronto! Parece
que o mundo acabou.
Teve a
pior perda da sua vida, foi uma dor enorme que parecia que iria de uma vez por
todas abandonar tudo, inclusive a escola.
Perder a
sua mãe, que foi sua maior educadora foi o fim de toda a esperança em tudo o
que tinha na face da Terra. Ninguém mais a compreendia a não ser a própria mãe,
mesmo tendo pai e irmã.
Deus foi o seu maior suporte e o seu maior consolo. O Espírito Santo esteve sempre presente para acalmar coração e cessar a dor da alma.
O que fez superar esta perda foi ter um sobrinho bebé e na época que perdeu a sua mãe, o seu sobrinho tinha apenas 6 meses. Ele foi à esperança para continuar… Só a continuar a tomar conta dele e não ir mais estudar.
Continuou
regada de amor, todo o sentimento de cuidado e carinho que tinha pelo seu
sobrinho, na verdade, foi a esperança de que Deus ali habitava.
Até que um dia depois de muitas faltas na escola o pai dela descobriu e deu a maior bronca.
O pai dela
foi muito paciente, esteve na igreja e rodeado de pessoas de lá. Ali obteve o
sustento da palavra e o suporte de Cristo.
Voltou
para escola, todos fizeram de conta que nada havia acontecido, porém, algumas
amigas avisaram as professoras, e as amigas ajudaram-lhe muito, incentivando
cada vez mais a superar…
O Senhor
fez das suas amigas como anjos, a auxiliar e acalentar o seu coração. Foram
usadas, com a função nas quais elas nem imaginariam o quanto estavam a ser
importantes para que ela não desistisse.
Com ajuda,
foi muito boa em uma das matérias no qual tirou alguns 10… Foi na aula de
artes, pensou muito bem ao desenhar algo retratando a realidade do país (uma
parte), mas ao argumentar entre os amigos, foi bem entendida, tornando-se feliz
por isso. Com esse mover espiritual que ninguém via, mas era Deus que agia!
Aquela
fase passou, e uma vizinha amiga da família também foi usada por Deus sem que
soubesse. Lembrou-se de que um dia a mãe havia comentado que gostaria que ela
fosse fazer um curso profissionalizante…
Fez
magistério, sabe o que é?
Magistério
na época era como um preparo aos professores na década de 90.
As professoras da cidade eram formadas através desse ensino depois de 3 anos. Tudo o que aprendiam era para saírem aptas a dar aulas na Educação Infantil e Séries Iniciais (1’ ao 4’ ano).
Gente, não
vão acreditar, mas ela fazia estágio… Era a pessoa mais realizada do mundo, ela
estava a sonhar que se tornaria professora/educadora… Dos bebés e não é que
foi. Obteve mais uma vez suporte divino, o ato de coragem habitou sobre ela.
No início
ela foi recreacionista, mas mesmo assim, não deixou de ensinar as coisas mais
básicas da vida. Ela era encantadora, arrumava e organizava tudo com cuidado,
deixava a sala dos bebés bem apresentável caso alguém fosse entrar ou até mesmo
conhecer, visitar o mini-maternal. (nome que se dava ao berçário)
Pois, ela
ensinava a cantar, falar palavras e dançar, contou muitas histórias, ensinou a
montar brinquedos de encaixe, subir e descer os brinquedos, escorregar,
pedalar, escovar os dentes… ela ensinou até mesmo o melhor de todos os
ensinamentos, o amor que era sublime e reciproco, pois, crianças foram o sopro
para dar impulsos a vida e as emoções dela.
Ela
gostava de compor músicas, era cada uma mais engraçadinha que a outra. Alguma
saberia até hoje.
Ela
aprendeu a ser solicita aos bebés, foi um belo aprendizado na hora do
aprendizado deles. Faltava paciência em determinados momentos, porém a
sabedoria batia no seu coração e ali ficava frágil.
Até que um
dia, não poderia ter demorado tanto a cometer alguns erros, não é mesmo… Ela
escreveu “chuveu” ao invés de choveu para a sua diretora, escrevendo numa folha
como foi o dia dos bebés por não terem ido ao parque por causa do tempo.
Então ela
disse, como quer se tornar professora escrevendo desse jeito?
Falou
tanto, reclamou tanto… Mas, depois de falar tanto, então a diretora deu-lhe uma
lição: leia mais livros… E o que a futura professora fez?
Saiu do trabalho chateada, mas isso foi por curta duração, pois sabia que orando estaria com a presença do Espírito Santo. Orando pediu a Deus para continuar ter suporte divino e esperança para que soubesse ultrapassar as barreiras das dificuldades.
Dali em diante, leu muitos livros, muitos livros, contudo foram os infantis, mas não deixou de ler.
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